sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Marcos Roberto Silveira Reis - São Marcos

É uma lenda porque: como diz Milton Neves: "é o jogador mais querido do Brasil depois de Garrincha, mas talvez seja até mais querido que o 'velho Mané'."

O que é preciso para um jogador ser QUERIDO por toda uma nação?

Muitos conseguem respeito, muitos conseguem admiração e muitos conseguem reconhecimento. Mas tudo isso ao mesmo, é algo apenas para São Marcos.

Marcos é um caso rarissímo de um jogador que sai do simples âmbito da idolatria de torcedores do seu time, conseguindo a simpatia de todo e qualquer brasileiro amante de futebol. Fora dos palmeirenses (por motivos óbvios), cruzeirenses, atleticanos, gremistas, flamenguistas, colorados, vascaínos, bugrinos, tricolores... e até mesmo os corinthianos, que possivelmente estão entre aqueles que mais sofreram pro suas mãos, se rendem ao seu carisma.

Como todo grande herói, inevitavelmente sua vida precisa de desafios e tragédias. As conquistas da Libertadores pelo Palmeiras em 99 e da Copa do Mundo pela seleção em 2002 ajudaram a estebalecer boa parte de sua lenda como parte de seu enorme talento. Sua constante luta contra as lesões, estabaleceram outra. Seu caráter irretocável e bom humor apenas a confirmam.

Este é São Marcos do Palestra Itália.

Um dos maiores ídolos dos 97 anos da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Uma das maiores lendas do futebol brasileiro.



Frases DELE (Marcos)*:

- "Quando você falha, quanto mais explicar pior fica, então assumo logo e esta tudo bem." - Sobre supostos "frangos" e falhas.

- "Com 16 anos de clube, eu não consigo ser só profissional. Nunca fiz média com ninguém. Se a torcida gosta de mim, foi pelas coisas que conquistei. Foi por ter quebrado a clavícula ao me jogar na bola numa dividida. Foi por ter deixado de lado uma proposta de 45 milhões do Arsenal-ING para ficar aqui e jogar a Série B. Eu deixei de agir só com a razão. Às vezes, faço as coisas com o coração, como um verdadeiro torcedor. Eu gosto demais do Palmeiras e só faço as coisas para ajudar. Mas sei que isso às vezes atrapalha." - Sobre sua paixão e gratidão ao Palmeiras.

- "Acho que a torcida grita meu nome no estádio porque sou 'xarope' (risos). Minha sinceridade existe desde quando eu me tornei jogador de futebol. Talvez isso tenha cativado os torcedores do Palmeiras e também dos outros clubes. [...]" - Sobre sua "sinceridade" tradicional.










segunda-feira, 16 de maio de 2011

Paulo Roberto Falcão - O Coração Colorado

É uma lenda porque: foi o maior jogador da história do Internacional de Porto Alegre e denominado "Rei de Roma" pela torcida do clube italiano homônimo.

Acreditam em destino?

Aquele que alguns chamam de... "ser"... impossível de ser visto, antecipado, previsto, no máximo "identificado" atráves de algum pressentimento. Há quem diga que ele não existe, que cada um escreve sua própria história da maneira que achar conveniente, sua própria maneira de seguir sua vida. Já outros acreditam que o destino se manifesta da algumas maneiras até irônicas. No caso de Paulo Roberto Falcão, não há de se duvidar da existência de tal entidade, principalmente após se descobrir alguns pontos de sua lenda.

Nascido em Abelardo Luz, cidade de Santa Catarina, mudou-se com a familia pra Canoas no Rio Grande do Sul ainda cedo. Entre constantes idas e vindas entre Canoas e Porto Alegre, ajudava seu pai carregando alguns tijolos para a construção de um estádio que viria a ser seu grande palco. Garoto "peladeiro" como tantos, se divertia jogando futebol com os amigos. Nessas simples peladas, apresentava toda sua habilidade, elegância, liderança e força de vontade incomuns para um corpo tão franzino. Tais "diferenciais" lhe renderam a oportunidade de ir para as categorias de base do Sport Club Internacional de Porto Alegre

Pelo Colorado, marcou época ao lado de Carpegiani, Caçapava, Manga, Elias Figueroa e Dadá Maravilha na década de 70. Atuando na volância do Internacional, participou do tri-campeonato Brasileiro, sendo um deles invicto (fato que até hoje nenhum outro clube brasileiro conseguiu na dita competição). No lado vermelho de Porto Alegre, sua divindade como jogador é irretocável e mais do que justa.
Na Roma, tornou-se Rei ao ser um dos principais responsáveis pelo titulo do Scudetto Italiano, que a equipe não conquistava desde 1942. Até hoje é mencionado como um dos maiores idolos do clube.

Nesse periodo em que se tornou Majestade de Roma,  1982 chega a Copa do Mundo na Espanha e uma de suas grandes frustrações como jogador. A equipe do Brasil dirigida por Telê Santana era descrita como "Uma Seleção Mágica!". Falcão, Zico, Sócrates, Toninho Cerezo e Júnior encantaram o mundo com um futebol vistoso inigualável. Mas, em um desses acasos, quis o tal "destino" que essa seleção magnífica caísse diante de uma desacreditada Itália na famosa e trágica partida no Estádio Sarriá.

A partir desse fato e com o término de seu contrato com a Roma em 1985, Falcão retornou ao Brasil, e após uma série de lesões, encerrou a carreira no São Paulo Futebol Clube.

Nos anos seguintes, se arriscou como treinador de futebol. Seu começo de carreira não poderia ser mais pressionado do que começar dirigindo a Seleção Brasileira. Porém sua carreira como treinador a principio não vingou. Sua curta passagem pelo Brasil, América do México, Japão e Internacional foram quase desastrosas e mais uma vez abandonou o futebol.

Após a curta carreira como técnico, Falcão se dedicou a ser comentarista de TV e colunista em alguns jornais e revistas. Durante cerca de 15 anos, se dedicou a uma vida mais "simples".  

E o destino mais uma vez, tramou para Falcão de maneira benéfica. Depois de muito tempo ausente das proximidades das 4 linhas do campo, foi convidado pela diretoria do clube Colorado  a uma 2ª chance como seu treinador. Seria esse o jeito de Falcão se redimir pelo seu fracasso anteior quase 20 anos atrás. A principio, conseguiu uma eliminação vexatória pela Libertadores, mas deu a volta por cima conquistando o Campeonato Gaúcho em uma vitória emocionante no pênaltis contra o grande rival Grêmio (ou "inimigo", como os mesmos colorados gostam de lembrar sempre).

Agora ele comandará a equipe no Camponato Brasileiro deste ano. O que será que o Destino reserva para o lendário Paulo Roberto Falcão? Há quem diga que por sua postura, seu caráter inquestionável e tamanha educação, não deveria voltar ao mundo do futebol, sendo este um meio normalmente dedicado para "malandros".


Mas o destino quer que Falcão continue a provar que o futebol não se faz apenas de malandragem. Quesitos simples como elegância, educação e inteligência ainda podem fazer parte desse esporte.


O destino ainda quer que Falcão siga no futebol. O destino quer que ele aumente ainda mais sua lenda...



Frases sobre ele:

- "Dizem que um jogador sozinho não ganha um campeonato. Mas o Falcão de 79 seria vice com certeza" - Luís Fernando Veríssimo, escritor.

- "Falcão, você foi nomeado o 8º rei de Roma". - Jornal Gazzetta dello Sport, sobre a brilhante passagem de Falcão pela Roma.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ronaldo Luís Nazario de Lima - O Fenômeno

É uma lenda porque: é o maior artilheiro da história das Copas, e provou ao mundo que quando você realmente tem um objetivo, nada é impossivel.

Este dia de hoje, dia 14 de Fevereiro de 2011, marca o fim de uma era. Um legado termina com o anúncio oficial da despedida de um jogador cuja carreira pode ser vista com um misto de tragédia e beleza. Mesmo entre as grandes lendas, os grandes Deuses do futebol, poucos foram tão queridos e causaram tanta comoção ou foram tão reconhecidos. Poucos carregarão um nome, uma imagem como Ronaldo, o Fenomeno. 

O jovem de Bento Ribeiro teve uma ascensão meteórica. Em pouco tempo jogando pelo São Cristóvão do RJ, chamou a atenção do Cruzeiro de Minas Gerais. Na Raposa, teve a média  de quase 1 gol por jogo na temporada de 1993. No seguinte já havia se transferido para a Europa, onde faria brilhantes temporadas pelo PSV Eindhoven da Holanda. Durante o periodo no PSV, foi convocado pelo técnico Carlos Alberto Parreira para a Copa de 1994, sendo o mais jovem do grupo tetra-campeão Mundail, com apenas 17 anos.

Depois de duas temporadas brilhando na Holanda e sendo eleito o melhor jogador do Mundo de 1996, havia chegado a hora de um desafio nos "grandes eixos" do futebol Europeu. Partiu rumo ao Barcelona da Espanha, onde foi definitivamente agraciado com o apelido de "Fenomeno". Ficou apenas uma temporada na equipe da Catalunha, mas foi o bastante para se tornar um dos grandes jogadores da história do clube, lançar a moda do cabelo raspado (inclusive entre seus companheiros de equipe) e garantir o 2º premio de melhor do Mundo pela FIFA de 1997. E por consequencia, garantiu sua ida para a Internazzionale de Milão no ano seguinte.

Em Milão, Ronaldo, que até então ainda era "Ronaldinho" vivia seu auge. Em sue primeira temporada no clube, já havia conquistado a Copa da UEFA, justificando os astronomicos valoes de sua contratação e seu "Favoritismo" e destaque na Copa do Mundo de 1998, na França. Sendo um dos destaques do Brasil na competição, ninguém até hoje entendeu ao certo o que se passou na noite anterior a final. A história conta que ele sofreu uma convulsão durante a noite, e isso teria atrapalhado não apenas o seu rendimento, como o do resto do elenco. Resultado: o Brasil foi derrotado pela frança em um humilhante 3 x 0, com show de um certo calvo, que mais para a frente também estará neste blog. 

Coincidentemente, a partir dali Ronaldo passou possivelmente por sua pior fase. Mesmo com o titulo e artilharia da Copa América de 99, iniciou a sofrer com lesões em seu joelho. Após se recuperar da primeira, em seus primeiros minutos em campo na final da Copa da Italia entre Inter de Milão e Lazio no ano 2000, em um de suas tradicionais arrancadas, a imagem de seu joelho se "deformando" foi uma imagem chocante que correu pelo mundo. Ali começava sua saga para o retorno ao futebol. 

Poucos, praticamente ninguém acreditava que ele seria capaz de voltar. A lesão que o afetou já havia encerrado a carreira de inumeros jogadores talentosos. Os que conseguiram voltar depois disso, não voltaram com o mesmo nivel técnico. Quando conseguiu voltar, não conseguiu atuações como as anteriores a lesão, mas já era um começo. 

Até que chegou a Copa do Mundo de 2002. Ronaldo novamente foi convocado como uma das grandes estrelas da seleção, e justificou a confiança do técnico Felipão! Foi artilheiro e um dos (talvez "O")  principais responsaveis pelo penta-campeonato naquele ano. Foi o artilheiro da competição e em seguida eleito o melhor jogador do mundo pela 3ª vez. 

Com o fim da Copa, deixou a Internazzionale e partiu rumo ao Real Madrid, para se tornar mais um dos "Galacticos" Merengues, ao lado de jogadores como Roberto Carlos, Zidane, Beckham, Raul, Michael Owen, Figo, entre outros. A equipe madrilenha ficou marcada como aquela em que Ronaldo ficou por mais tempo, exatamente 4 temporadas, até a Copa de 2006. Nela, ele se tornou por fim o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, superando o alemão Gerd Muller, com 15 gols. Mas apesar do recorde batido, a seleção brasileira foi novamente sobrepujada pela França, que novamente era liderada por um certo calvo. Com o final da Copa, se transferiu para o Milan da Italia e denovo experimentou a sensação de atuar por dois clubes rivais. Por ironia, quis o destino que novamente a cidade de Milão fosse o palco de outra grave lesão.

Com a gravidade da nova lesão, o tempo de recuperação novamente seria longo. Com a rescisão de contrato com  Milan, Ronaldo voltou ao Brasil para se tratar, e aqui surgiu seu novo desafio: atuar pelo Corinthians. Já com a fama de gordo (mais do que verdadeira), ninguém conseguia acreditar que ele poderia dar certo na equipe do Parque São Jorge. Mas estamos falando de Ronaldo. O gol "predestinado" contra o Palmeiras e os titulos da Copa do Brasil e Campeonato Paulista serviram para calar os criticos mais uma vez.

Mas os fracassos na Taça Libertadores em 2010 e 2011 não eram até então esperados. Sua forma fisica não o acompanhava mais, suas forças já estavam exauridas após tantas reviravoltas, e por fim ele não teve escolha: decidiu se retirar dos gramados.

Ronaldo desafiou probralidades muitas vezes. Em todas as vezes que tudo parecia perdido, como a Fênix da mitologia, ele ressurgiu. Mas nem a Fênix pôde vencer o tempo, e muito menos Ronaldo. A cada ressureição, algum preço havia de ser carregado. E o preço acabou por justamente ser seu preparo fisico, outrora tão elogiado e que vinha se deteriorando com o passar dos anos.

Hoje, ele pode dizer que sua missão no mundo do futebol foi cumprida. Ele que nos monstrou tantas vezes que nada é impossivel, pode por fim pendurar as chuteiras, com a tranquilidade de quem foi muito mais do que um jogador. Se tornou uma imagem, um simbolo, um icone.

Ousem critica-lo, mas não ousem esquece-lo. Esse rosto, este numero, essa lenda estará eternamente marcada nas memória de várias gerações.

Que todos se despeçam e que todos o honrem. Que todos se lembrem eternamente da lenda chamada Ronaldo. Não o Ronaldo do Cruzeiro, do PSV, do barcelona, da Internazzionale, do Real MAdrid, do Milan, do Corinthians ou do Brasil, mas o Ronaldo do mundo.Que todos saudem a lenda que mostrou ao mundo que mesmo nas piores horas, quando ninguém mais acreditar em você, basta crer em si mesmo. 


Frases sobre ele: 

- "Ele conseguiu superar tudo." - José trajano

- "Ronaldo foi o melhor atacante que eu já vi em campo." - Emilio Butrageño, ex-jogador do Real Madrid e da seleção espanhola.

- "Um fenômeno...." - Imprensa mundial em 1997, quando Ronaldo jogava pelo Barcelona

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

[ESPECIAL] Lendas por acaso, PT 3 - Marco Materazzi

É uma lenda porque: Em meio a Zidane, Cannavaro, Buffon e Henry, acabou sendo o verdadeiro destaque e herói do titulo da Italia na Copa do Mundo de 2006.

No que você pensa quando se lembra da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha? No nivel fraco de futebol visto na Copa em geral? No Brasil apático? Lembra da genialidade de Zidane, conduzindo a França até a final? Da pancadaria entre Portugal e Holanda? Da Itália campeã? Ou a polêmica escolha de Cannavaro como o melhor do Mundo? Muita coisa aconteceu naquele ano. Apesar de possivelmente ter sido uma das piores em nivel técnico, não faltou emoção no torneio. Emoção principalmente na partida final, entre a até então tri campeã Italia, e a "zebra" França, que como dito anteriormente, chegou à final graças a lances geniais de um certo Zinedine Zidane. Um jogo muito aguardado, um duelo entre Les Bleus Zizou, Henry e Viera contra a Azzurra de Buffon, Cannavaro e Totti.

Várias estrelas, muitas emoções e expectativas sobre os protagonistas, espetáculo garantido. E no meio disso tudo, havia um homem de quem poucos esperavam algum destaque. Ou melhor, se esperavam sim alguma coisa do sujeito: fosse alguma perna partida de um adversário, um lance violento ou algum artificio de jogo sujo. E curiosamente, este jogador acabou sendo o grande destaque da final, tendo participação direta nos 3 principais lances que ajudaram a definir o jogo. E ese homem se chama Marco Materazzi.


Materazzi, ou "Matrix" como é popularmente conhecido, sempre foi um jogador notável. Notável não por ser um eximio craque, mas por quase sempre lembrar a todos que o futebol possui um lado um pouco mais violento. Um dos grandes idolos da Inter de Milão, sempre foi tratado como "folclórico" graças ao seu estilo de jogo mais viril. Videos e imagens de suas peripércias sempre percorreram o mundo, principalmente aqueles contra seu alvo favorito, o ucraniano Andriy Schevchenko.



Porém há de se destacar que Materazzi não era apenas um zagueiro violento. A violencia o destacava, mas possuia um grande senso de posicionamento que não se vê sempre. E era uma boa opção de bola parada, com um bom chute de pé esquerdo em faltas de média / longa distância. Na Copa de 2006 foi convocado para ser reserva, mas com a lesão do titular Nesta e a "falta de confiança" do tecnico Marcelo Lippi em Barzagli, Materazzi acabou sendo promovido a titular e foi uma das peças fundamentais da equipe na campanha do titulo, tendo inclusive feito o primeiro gol italiano na competição.

Mas voltemos ao jogo que o tornou uma lenda: em um duelo acirrado e polêmico, a Italia sobrepujou a França nos penaltis, após 90 minutos de  tempo regulamentar e 30 minutos de prorrogação. A final foi como um "resumo" da Copa inteira: mais raça do que técnica, mais futebol burocratico e menos genialidade. Toques de bola "diferentes" eram vistos quando a bola caia no pés de Zidane, totti e Pirlo. O goleiro Buffon efetuou no minimo dois milagres na partida, em um chute e uma cabeçada do próprio craque francês, Zizou. Cannavaro, que mais tarde seria eleito o melhor jogador do mundo, capitaneando sua equipe como poucos fazem.

E onde Materazzi entrou nesse jogo? Simples, foram exatamente 3 lances que "salvaram" e deram emoção ao jogo: o penalti convertido magistralmente por Zidane, o gol de empate da Italia e a cabeçada de Zidane. E se pararmos para analisar friamente os lances:

1- Foi ele que fez o penalti em Henry convertido por Zidane.

2- Foi ele quem, de cabeça, fez o gol de empate italiano.

3- Justamente ele, acabou recebendo a famosa cabeçada que resultou na expulsão de Zidane durante a prorrogação.


Três lances capitais, três lances que estão na história, três lances eternamente lembrados. E não satisfeito, ainda se atreveu a cobrar um dos penaltis da decisão, e com grande categoria!!!

Um grande idolo da Internazzionale, um folclóre da internet, um herói em final de Copa do Mundo. Daqui alguns anos, provavelmente continuará sendo lembrado apenas por receber a cabeçada de Zizou. E por tudo isso, será sempre uma das grandes lendas (por acaso) do futebol Mundial.






Frases sobre ele (Materazzi facts):

- Materazzi foi pro time de futebol da Inter por engano. Seu destino original era o de Muay Thay.

- Materazzi tem que usar focinheira durante os treinos da Inter.

- Nos jogos da Inter de milão na temporada passada, José Mourinho não passava instruções técnicas o utáticas para Materazzi. Mourinho apenas soltava materazzi da coleira e gritava: "PEGA!"

- Materazzi é o unico jogador profissionais de futebol que possui a coluna de "Frags" em sua lista de estatisticas da FIFA.

- Materazzi é patrocinado por hospitais italianos devido a grande quantidade de jogadores mandados por ele.

- Felipe Melo, Lugano, Cocito, Escudero e Sandro Goiano são graduados na Escola de Artes Marciais de Materazzi, em Milão. (Mas nenhum deles consegue a faixa preta, pois para consegui-lá, devem  derrubar Materazzi.)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ferenc Puskas - O Major Galopante

É uma lenda porque: Tornou a Hungria uma potencia mundial durante da decada de 50 e formou ao lado de Di Stefano uma das maiores duplas de ataque de todos os tempos.

 Terminando o período de férias,  voltamos a nossa programação normal. Eu estava com algumas duvidas de quem colocar aqui para começar o ano, por isso fiz uma rapida "enquete" via Twitter, e o resultado acabou saindo como eu realmente preferia. Afinal, quem melhor para  começar o ano do que um dos principais representantes do Panteão dos Deuses do futebol mundial?

A lenda de hoje é sobre o Major Ferenc Purczeld Biró, ou como é mais conhecido: Ferenc Puskas.

Nascido em 2 de Abril de 1927, o pequeno Puskas desde pequeno se destoava dos demais. Por incrivel que pareça, o jogador que passou boa parte da carreira com a  fama de "gordinho", tinha uma consistencia fisica abaixo da média de sua idade, mas isso não o impedia. Sua ousadia e inteligência o colocavam para jogar entre os mais velhos, onde não apenas participava, ainda se destacava. Ao lado de seu vizinho, amigo e futuro companheiro de clube e seleção, Josze Bozsik, chamavam a atenção nos campos de Budapeste. Puskas por seu estilo de jogo, inteligencia e personalidade, Bozsik por saber organizar as defesas. Pela mesma personalidade forte e a maneira de impor em campo, constantemente discutia com treinadores de categorias de base e professores.

Seu pai, que ostentava o mesmo nome, era técnico do Kispest, modesto time de Budapeste, onde o jovem debutou com apenas 16 anos. A primeira vista, parecia um caso simples de um filho se beneficiar de regalias de seu pai, mas não foi assim. Pelo contrário, lutou e fez por méritos próprios valer sua entrada na equipe. A presença do pai se fazia valer mais para controlar a personalidade do garoto, que não pensava duas vezes antes de reagir a alguma pancada desleal em campo. Em uma dessas reações, já defendendo a seleção hungara, foi suspenso de jogos internacionais por 1 ano graças revides desleais contra jogadoress da Bulgária em um amistoso em 1948. Porém sua punição foi revogada quando um senhor chamado Gustav Sebes, ministro dos esportes da Hungria, assumiu a seleção e o mesmo Kipest, que a partir da filiação do clube ao exército passou a se chamar Honvéd. .

Gusztav Sebes foi o "pai" de Puskas no Honvéd e na seleção, mas não impedia dele, seu velho amigo Bozsik e dos novos companheiros Sandor Kocsis e Zoltán Czibor, participarem dos rigidos treinamentos militares sob o qual deviam se submeter. O exército do Honvéd logo se tornou a principal equipe hungara, ganhando seu 1º campeonato no primeiro ano após a mudança do nome do clube, onde Puskas se tornou o artilheiro máximo. Pela seleção em 1952, conquistaram a medalha de outro nas Olimpiadas de Helsinque. E foi nessa competição em que o mundo conheceu a "maquina magiar" da Hungria, e seu lider. Durante 4 anos, (de 1949 a 1953) a seleção hungara ficou invicta, contando jogos oficiais e amistosos. Tal retrospecto os fizeram se fornar grandes favoritos ao titulo da Copa do Mundo de 1954, na Suíça. 

Na Copa, o favoritismo que lhes imporam foi justificado. Resultados muito além de convincentes, mas memoraveis e inquestionaveis os fizeram chegar até a final, passando (e humilhando) Alemanha e Coréia na 1ª fase, Brasil nas quartas de final e o então campeão Uruguay, nas semi finais.A final seria contra a mesma Alemanha que havia sido vencida por 8 x 3 na primeira fase da competição, mas como é tradicional de Copas, o destino precisava aprontar alguma ironia. A ironia acabou sendo justamente a derrota da máquina magiar. Os alemães venceram por 3 x 2 a partida que ficou conhecida como "O Milagre de Berna". Ninguém, nem o mais fanático fã de futebol poderia prever tal resultado. O golpe foi tão duro que na volta ao seu país, parecia estar chegando a uma cidade fantasma. Pouquissimos foram receber a seleção em seu retorno para casa. 

Sua patente de major do exército, aliado a sua personalidade forte, lhe rendiam um orgulho próprio muito grande. Após o desastre da Copa de 54, chegou a abandonar o campo depois de ser insultado por um torcedor. Suas desavenças com treinadores na juventude agora se tornavam desavenças com politicos e militares do partido comunista. Tudo isso fez com que sua história na seleção e no Honvéd terminassem em 1956, quando por medo da Revolução Hungara, ele e seus companheiros de equipe se exilassem em outros países europeus. Alguns ainda voltaram, mas a maioria se dividiu entre Italia e Espanha. entre os que se aventuraram na Espanha, estava Puskas, que foi contratado pelo Real Madrid em 1958 para formar dupla de ataque com o argentino Di Stéfano. Tal dupla que se tornaria uma das mais conhecidas da história, da equipe que possivelmente foi também a melhor já vista no futebol.

A principio, Puskas não aceitou muito bem a idéia. Além de que na equipe Merengue ele não seria mais o unico astro e lider, estava sem fazer uma partida oficial já haviam dois anos. Conversando com o então presidente do real Madrid, Santiago Bernabeu, alegou que estava gordo e não poderia jogar. Bernabeu não exitou em responder: - "Isso é problema seu.".
Apesar de um certo contra gosto de principio, logo Puskas se acostumou com o rótulo de "co-estrela". Havia entendido sua importancia em meio as outros grandes craques como Gento e Didi, mas principalmente, percebeu o quão fundamental era para o argentino Di Stéfano e vice-versa. Ambos geniais individualmente, juntos fizeram o Real Madrid dominar a Europa por muitos anos inquestionavelmente. Ambos se naturalizaram para jogar a Copa do Mundo de 1962, mas não conseguiram trazer o mesmo sucesso de clubes para a seleção da Espanha.

Encerrou sua carreira em 1966, a partir dai tentando sua sorte como treinador. Apesar de relativo sucesso, não teve uma carreira de técnico semelhante a de jogador. Morreu em 17 de novembro de 2006, em sua cidade natal, Budapeste, para onde só havia voltado em 1993. 

Sua bela história, seus feitos e proezas o colocam acima de muitos outros jogadores na historia. Um dos maiores heróis mundiais do periodo pós-guerra na década de 50, um major que buscou o exilio próprio pela vergonha da derrota, um dos principais deuses de Madrid.
Puskas não pode ser dito apenas como mais uma lenda deste esporte. Puskas deve ser considerado umas de suas principais e mais respeitadas santidades.
 
Frases sobre ele:

 - "Todos nós nos apaixonamos por Puskas e pela seleção húngara nos anos 50. Ele só tinha a perna esquerda e fazia maravilhas com ela." - Armando Nogueira um dia após o falecimento de Puskas.

- "Ferenc foi um gênio porque nasceu sabendo." - Mauro Beting em "As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos."

- É importante preservar a memória dos grandes nomes do futebol que deixaram sua marca na nossa história. Ferenc Puskás era não só um jogador com imenso talento que ganhou muitas honras, mas também um homem notável. É, portanto, um prazer para a FIFA lhe prestar homenagem e lhe dedicar este prémio à sua memória. - Joseph Blatter, presidente da FIFA sobre o prêmio "Ferenc Puskas".

- "Quando olho para trás, vejo que ao longo de minha vida uma única linha se desenvolveu - apenas o futebol. [...] Desde aquele momento na minha infância quando ouvi o misterioso clamor da multidão no estádio Kispest, a apenas alguns metros de distância da janela da nossa cozinha, acho que já estava predestinado." - o próprio Puskas no livro "Puskas - Uma lenda do futebol mundial."