quinta-feira, 14 de março de 2013

Hristo Stoichkov - O Cristo Bulgáro



É uma lenda porque: maior jogador da história da Bulgária, levou sua seleção ao 4º lugar na Copa do Mundo de 94 e se tornou um dos grandes ídolos da história do Barcelona.


De tempos em tempos, surgem grandes jogadores nos cantos mais distantes da Europa. Esses atletas, cujos quais recebem até a alcunha de "gênios", efetuam proezas que podem ser chamados de verdadeiros milagres. Oriundos de nações pequenas ou de pouca tradição no futebol, se destacam pelo valor individual que conseguem. Atuando como uma espécie de "Messias", eles elevam seus vôos a altitudes que nunca nenhum compatriota sonharia. Assim foi com o búlgaro Hristo Stoichkov.

Surgiu no futebol por acaso. Demonstrando uma incrível personalidade e rebeldia desde menino, seu pai o colocou para jogar no CSKA Sofia (até então time do Exército Búlgaro) para que aprendesse a controlar seu gênio. Ledo engano, o garoto causou inúmeros problemas nas categorias de base do clube, sendo até um dos responsáveis pela exclusão, extinção e banimento do CSKA do futebol local, após briga generalizada durante a final da Copa da Bulgária em 1985. Vários jogadores foram banidos do futebol após o incidente, recebendo a anistia apenas em 1987. Stoichkov retornou e com sua precisa perna esquerda, gols e lançamentos precisos, levou o Vitosha (novo nome dado ao CSKA para que o clube voltasse ao cenário profissional) a conquista de 2 campeonatos nacionais. 

Os títulos e seu destaque individual chamaram a atenção de Johan Cruyff, técnico do Barcelona, que na época começara seu projeto conhecido como "Iniciativa Dream Team".Na Catalunha, viveu seu auge como um dos protagonistas do primeiro título da Liga dos Campeões da UEFA do Barça, em 92. Ao lado de Laudrup, Koeman, Guardiola e Bakero, marcou época. Mas aquele que seria seu maior parceiro dentro de campo chegaria apenas em 93. Contratado a peso de ouro e também conhecido por uma língua afiada, Romário chegou a Barcelona a contragosto de Stoichkov. Através de declarações públicas, mostrou o quanto estava desagradado com a chegada do brasileiro, que forçou Cruyff a implementar um rodízio entre os quatro jogadores estrangeiros (Romario, Hristo, Laudrup e Koeman), uma vez que na época, não eram permitidos mais do que três jogadores extra comunitários em campo.


Mas o desagrado em pouco tempo se converteu em uma amizade que saiu das quatro linhas. Romário e Stoichkov formaram uma dupla sensacional capaz de inspirar o medo no coração dos adversários. Partidas como o 5 x 0 contra o Real Madrid e 4 x 0 contra o Manchester United exemplificam bem o que foram, já que em ambos jogos, saíram como os grandes destaques. Infelizmente essa dupla de ouro não durou mais do que duas temporadas, mas ambos permanecem juntos na memória dos torcedores Culés. 



Com sua seleção, Stoichkov conseguiu carregar a Bulgária a um inesperado, porém justo 4º lugar na Copa do Mundo de 1994, sendo um dos artilheiros da competição ao lado do russo Salenko e derrotando seleções como Argentina e Alemanha pelo caminho. E apesar de não com o mesmo sucesso, levou os búlgaros a Eurocopa de 96 e novamente a Copa do Mundo de 98, mas já em franca decadência, não conseguiu repetir o mesmo sucesso.


Entre seus feitos dignos de menção, sozinho, durante um curto período, fez uma seleção inexpressiva se tornar referência no futebol Europeu. Pelo Barcelona, integra a galeria seleta de estrangeiros que não apenas vestiram e honraram, mas marcaram época com a camisa blaugrana.

Polêmico, goleador, genial... o Cristo da Bulgária segue com seus milagres muito vivos na história.






Frases sobre ele: 



- "Existem dois Cristos: um está aqui jogando pelo Barcelona e o outro está lá no Paraíso. Mas ambos fazem milagres" - o próprio Stoichkov sobre ele mesmo, no auge de seus momentos "polêmicos".

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