É uma lenda porque: grande ídolo da maior torcida do Brasil e um dos principais responsáveis pela profissionalização do futebol no Japão.
Daqui alguns dias alguns dias será comemorado um Natal "diferente". Tal data só será celebrada em três países, respectivamente Brasil, Itália e Japão.
No Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, para uma certa nação rubro negra, Zico é uma divindade. Ele é considerado um semelhante de Pelé. Não a toa, seu período no clube carioca marca a época mais vitoriosa de sua história, tendo vencido praticamente tudo que disputou, desde torneios regionais, nacionais, sulamericanos e principalmente o Mundial de Clubes, em 1981.
Na Itália, até hoje respeitado como um dos grandes ídolos da Udinese, mesmo sem ter ganho um título pelo clube. Possui sua própria igreja entre os "friulanos" (nome dado aos habitantes da cidade de Udine). Sua popularidade na terra da bota pode ser medida com o fato de ter sido aplaudido em diversos estádios adversários, incluindo o Olímpico de Roma em partida contra a equipe homônima da capital italiana, e em Gênova, onde não apenas aplaudido, teve seu nome cantado e celebrado pelos torcedores do Genoa.
E no Japão, Zico está acima de todos. Afinal, ele levou transformou o esporte no oriente algo profissional. Não chega a ser nenhuma besteira que ele representa à nação nipônica o mesmo que Maradona representa a Argentina, tendo inclusive o mesmo apelido que a lenda portenha: Deus. E uma estátua em sua homenagem pode ser vista em frente ao Kashima Antlers Soccer Stadium.
Encantou o mundo atuando pela seleção brasileira, especialmente como parte da mítica equipe de Telê Santana que disputou a Copa do Mundo de 1982. Suas cobranças de falta perfeitas e inigualável habilidade são conhecidas e reverenciadas mesmo por quem não teve o privilégio de vê-las ao vivo.
Camisa 10, criador de uma era no futebol e orgulho pessoal de três cantos diferentes deste mundo, para poder dizer que teve uma carreira realmente completa, lhe faltou apenas uma Copa do Mundo, que infelizmente não veio. Não se sabe se foi por alguma ironia do destino ou mais uma das travessuras dos "Deuses da Bola", mas como diz a frase de um autor desconhecido, porém muito famosa: "Ele não ganhou a Copa. Azar da Copa."
- "A bola é uma flor que nasce aos pés de Zico, com cheiro de gol. - Armando Nogueira, cronista esportivo.
- "Adeus, Zico. Nós vascaínos, tricolores, botafoguenses, etc., dormiremos mais tranquilos sabendo que uma falta cometida nas proximidades de nossa área não será tão perigosa assim. Que não teremos de enfrentar os seus dribles, seus lançamentos, suas soluções inteligentíssimas para as jogadas mais difíceis, a sua movimentação que o levava, em frações de segundo, da intermediária à porta do gol e aos gritos de "Zico! Zico! Zico!"quando você fazia uma das suas e chutava aquelas bolas que tocavam na rede e batiam em cheio em nossos corações. Em compensação, nós, que tanto amamos nossos clubes quanto o futebol, estaremos com as nossas tardes de domingo mais pobres. E, aí, veja que ironia, teremos saudades de você." - Sérgio Cabral, jornalista e escritor, torcedor do Vasco da Gama.
Ídolo !!
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