É uma lenda porque: Uma das famílias mais respeitadas do futebol. Desde os anos 50, sempre houve um representante da mesma atuando com a camisa número 3 e a faixa de capitão do Milan e da seleção italiana.
Dizem que o futebol não é algo genético. Existem diversos exemplos que provam essa tese, como Johan e Jordi Cruyff e Pelé e Edinho. Outros poucos como Djalma Dias e Djalminha, Domingos e Ademir da Guia, mostram que algumas vezes o filho pode seguir o caminho do pai, mas em posições e mesmo clubes diferentes. Porém, uma família especifica vai na contra mão dessas histórias, construindo um verdadeiro legado por um único clube. Essa é a lenda da família Maldini...
A ligação entre o Clã Maldini e o Milan começou em meados da década de 50, quando o Rossonero contratou um jovem defensor do Triestina, após despontar como revelação italiana na temporada 53/54. Logo em sua primeira temporada pelo clube de Milão, Cesare Maldini ostentou a braçadeira de capitão da equipe; braçadeira qual carregou durante 12 anos. Nesse período, Cesare mostrava sua habilidade até então incomum para um defensor pelos gramados europeus e se tornando ídolo da torcida em pouco tempo. Não á toa foi capitão da seleção Italiana na Copa de 62, onde foi nomeado ao posto de melhor zagueiro da competição; e em 1963 peça fundamental e responsável por erguer o troféu da conquista da primeira entre as sete Liga dos Campeões que o clube conquistou durante sua rica história.
Após 12 anos de dedicação e títulos ao Milan, Cesare encerrou sua carreira como jogador no Torino em 1967 para logo em seguida retornar a Milão, onde no ano seguinte, nasceria o segundo personagem dessa saga. Nascia o pequeno Paolo.
Apesar da ligação com o clube e a admiração ao pai, Paolo foi torcedor da Juventus durante a infância. Sempre acompanhava as partidas da Vecchia Signora e sonhava com a chance de um dia defender o clube de Turim. Fato este que gerou certa "desaprovação" do pai, que rapidamente o colocou nas categorias de base do Milan aos 10 anos de idade. Dentro de campo, logo se via muitas semelhanças entre pai e filho: a facilidade para liderar, a visão e habilidades privilegiadas para quem atuasse na defensa, e a camisa 3.
Precoce, debutou pelo Milan aos 16 anos de idade e se manteve no clube até 2009. Nesse período, não apenas repetindo mas aumentando os feitos de seu pai, conquistou outras cinco Ligas do Campeões e recordes diversos, pelo clube e pela seleção italiana. E ainda mantém muitos deles, como o jogador a mais vezes atuar pela Série A italiana. E em todas essas vezes usava apenas uma camisa. Atuou em
Poucas camisas no futebol podem se orgulhar de ter uma história tão rica e constante, com muitos altos e poucos baixos. E a do Milan com certeza é uma delas. E nessa camisa, um número em especial segue apenas no aguardo pelo próximo representante do clã a vesti-la. Este número e sobrenome que estiverem não apenas presentes, mas liderando e decidindo 6 das 7 principais conquistas europeias do gigante italiano.
Infelizmente, apesar de ambos terem esbanjado talento pela "Azzura", nenhum dos dois conseguiu o feito de dar um título a sua nação. Cesare jogou a Copa de 1962, e Paolo as copas de 90, 94, 98 e 2002. Mesmo sem as glórias pela seleção, ambos são considerados ícones nacionais, símbolos do futebol italiano e muito respeitados ao redor do mundo.
Filhos de Paolo e netos de Cesare, Christian e Daniel atualmente jogam nas categorias de base do Milan. Repetirão eles o mesmo sucesso que o pai e o avô, dando continuidade à lenda da família?
Frases sobre eles:
- "Foi sem duvidas o melhor zagueiro que enfrentei." - Ronaldo Fenômeno, sobre Paolo Maldini.
- "Vamos aguardar a próxima geração. Que ela e as seguintes honrem a tradição que Paolo e Cesare conquistaram." - Tiziano Crudeli, jornalista esportivo italiano, famoso por seu fanatismo pelo Milan.
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